Tuesday, September 29, 2009
Friday, September 11, 2009
A Felicidade de uma Oradora
Tenho 23 anos e estou confuso. São 8 horas da noite numa quinta-feira e estou sentando na sala de aula assistindo a uma palestra sobre agências de Publicidade. O assunto até que me interessa um pouco, mas o que realmente me marcou é que não acho que a oradora tenha mais de 26, 27 anos. Ela aparentemente sabe bastante sobre Publicidade, embora tenha lá minhas dúvidas de que ela seja muito feliz no que faz. Ela trabalha meio-período em uma agência relativamente pequena em Brasília e já virou professora. Não entendi o porquê disso. Pra que ficar dando palestra? Ela com certeza não é burra, mas não sei se que ela estaria aqui se fosse bem-sucedida no ramo. Ela não seria professora e nem oradora se não tivesse um bom conhecimento no assunto, pois ela teve de se destacar para que alguém a contratasse, não?
Ela é jovem e em vez de trabalhar integralmente em alguma agência de grande porte
Sou o único que vê a ironia na situação? Os alunos na minha sala parecem admirar ela, como se o que ela atingiu fosse um parâmetro para o sucesso. Se o Washington Olivetto estivesse aqui, eu não estaria escrevendo isto e sim focado na palestra, obviamente.
Acho que ela devia parar de dar aula e palestras e se concentrar um pouco mais na carreira. Ela podia estar em casa, pensando em alguma grande idéia pra agência dela, em vez de ficar respondendo perguntas para pessoas com o QI abaixo de 85.
Mas no fim, quem sou eu pra falar alguma coisa? Sou um das pouquíssimas pessoas aqui que nasceu antes da década de 90. É uma situação muito estranha, principalmente quando o professor ensina algo que aprendi há 3 anos atrás. Mas, nesse caso, digo apenas “Mea Culpa”.
Ultimamente tenho confiado no meu potencial como escritor, algo que há um mês era inexistente. Porém, o potencial não atingido é algo completamente inútil, não? Também me considero uma pessoa extremamente ambiciosa, mas assim como o potencial, se essa ambição não for concretizada, não adianta nada.
Pensando bem, a situação chega a ser engraçada. Comparada comigo, a oradora é muito bem-sucedida. Será que estou frustrado? Pode até ser, mas bem que essa chata podia parar de falar e deixar o professor fazer a chamada pra eu ir embora pra casa. J